Não sei mexer as mãos
2016

Abro os olhos e logo nesse instante construo a minha primeira memória, o vazio deixa de ser absoluto. Tenho medo de me largar. Tenho medo que o meu corpo não perceba o que eu quero fazer. Reparo que tenho uns dedos finos e enormes e que desde que acordei poucas vezes os usei. Para que servem?

“Não sei mexer as mãos” pretende abordar a importância da memória. Como pressuposto de que a memória é aquilo que somos, então grande parte da nossa essência é memória. O corpo é memória. Ao longo do espetáculo veremos as reações físicas dos corpos sem memória. O que acontece quando a perdemos? Talvez sejamos mais criativos sem ela.

Estas questões levantadas pelos intérpretes serviram de base para a construção de duetos íntimos, solos descontrolados, uníssonos lentos e histórias antigas. 

Na interação performers/ público surgirão momentos inesperados, por parte dos intérpretes, fruto de reações espontâneas de um corpo sem memória. Pretende-se que o público sinta o desconforto real de algo que fugiu da norma. 

Porque é que para nos levantarmos da cama, apoiamos os braços para levantar o tronco, voltamo-nos e pousamos os pés no chão? 

Sem memória o que sou? Sou sequer? Como funciono? Terei noções? O que faço? 

Desmemoriado será sequer uma página em branco? Será um corpo estranho que não tem treino para servir de suporte à memória?

Quarenta e cinco minutos de tensão, alívio, desconforto, conflito e surpresa, algumas das sensações que o público poderá experienciar no decorrer da peça.

Não sei mexer as mãos
2016

Abro os olhos e logo nesse instante construo a minha primeira memória, o vazio deixa de ser absoluto. Tenho medo de me largar. Tenho medo que o meu corpo não perceba o que eu quero fazer. Reparo que tenho uns dedos finos e enormes e que desde que acordei poucas vezes os usei. Para que servem?

“Não sei mexer as mãos” pretende abordar a importância da memória. Como pressuposto de que a memória é aquilo que somos, então grande parte da nossa essência é memória. O corpo é memória. Ao longo do espetáculo veremos as reações físicas dos corpos sem memória. O que acontece quando a perdemos? Talvez sejamos mais criativos sem ela.

Estas questões levantadas pelos intérpretes serviram de base para a construção de duetos íntimos, solos descontrolados, uníssonos lentos e histórias antigas. 

Na interação performers/ público surgirão momentos inesperados, por parte dos intérpretes, fruto de reações espontâneas de um corpo sem memória. Pretende-se que o público sinta o desconforto real de algo que fugiu da norma. 

Porque é que para nos levantarmos da cama, apoiamos os braços para levantar o tronco, voltamo-nos e pousamos os pés no chão? 

Sem memória o que sou? Sou sequer? Como funciono? Terei noções? O que faço? 

Desmemoriado será sequer uma página em branco? Será um corpo estranho que não tem treino para servir de suporte à memória?

Quarenta e cinco minutos de tensão, alívio, desconforto, conflito e surpresa, algumas das sensações que o público poderá experienciar no decorrer da peça.

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Não sei mexer as mãos

Direcção artística: Helena Oliveira 

Criação colectiva 


Produção: Casa do Choupos

Intérpretes: Manuel Magalhães, Mariana Ataíde, Sónia Mota, Celeste Sousa, Armanda Alves, Constança Rodrigues, Raquel Monteiro, Ana Maria Pintora, Marcos Lima, Maria Fernandes, Sabina Martins, Cristiano Pinto, Beatriz Silva

Figurinos: As Luísas

Duração: 45’